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Francisca Alves Feitosa dos Santos, uma idosa de 77 anos, viveu momentos de angústia e sofrimento após ser presa erroneamente no lugar de um homem condenado por tráfico de drogas. Agora, ela está buscando justiça e responsabilização por meio de uma ação contra o Estado, devido aos traumas físicos e emocionais que sofreu.
No dia 27 de fevereiro, Francisca foi detida na comunidade Aldeia do Odino, na zona rural de Bacabal, local onde reside em uma modesta casa de taipa e palha. O equívoco que levou à sua prisão ocorreu devido à inserção errônea de seu nome no Banco Nacional de Mandados de Prisão, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça.
Durante sua detenção, Francisca foi submetida a condições desumanas na delegacia local, que carece de infraestrutura básica. De acordo com relatos, as instalações eram precárias, sem banheiro, cama ou até mesmo cadeiras para os detidos. A idosa, que tem problemas de saúde, sofreu com dores nas costas devido à falta de conforto, tendo que permanecer sentada durante toda a noite.
Além dos danos físicos, Francisca também enfrentou consequências emocionais devastadoras. A perda de sua sobrinha, Edith, logo após saber da prisão da tia, agravou ainda mais a situação. Edith faleceu repentinamente, um dia após receber a notícia da detenção de Francisca. Acredita-se que o estresse emocional causado pela situação contribuiu para seu falecimento, que foi diagnosticado como um infarto.
O advogado de Francisca, Danilo Pereira de Carvalho, destacou que a ação judicial será movida em busca de reparação pelos danos morais e físicos causados pela falha do sistema judicial. Ele ressaltou que a idosa enfrentou constrangimento ilegal e sofreu sequelas na saúde devido às condições inadequadas de sua detenção.
“Eu quero Justiça para eles pagarem o que a gente não deve. Porque é ruim você pagar um caso que você não deve”, afirmou Francisca, expressando sua determinação em buscar responsabilidade pelo erro que a vitimou.